domingo, 25 de novembro de 2007

A melhor pós-graduação do Brasil é da USP

Segundo a avaliação trienal promovida pela CAPES, que analisou todos os programas de pós-graduação do Brasil durante o período 2004/2006 a USP detém o maior número de programas com nota 7, a mais elevada. São 25 programas no total. Para a reitora Suely Vilela, o bom desempenho da USP se explica por uma “preocupação constante com a pós” mantida pelo corpo diretivo da Universidade. A professora cita como exemplos dessa preocupação iniciativas adotadas pela USP que enfocam a melhoria na formação tanto de alunos de graduação quanto de estudantes da pós-graduação. Uma dessas estratégias é a internacionalização. A avaliação da Capes leva em conta o quanto o curso é inserido e tem relevância em outros países. Estuda-se, por exemplo, os intercâmbios promovidos entre alunos e professores e o quanto a produção acadêmica de um determinado curso é citada como referência em trabalhos de fora do Brasil. É nessa questão que se baseia a diferença entre os programas avaliados com as melhores notas, 6 e 7, para os que recebem os conceitos 4 e 5. Pela primeira vez o número de programas de pós-graduação da USP avaliados com o conceito 7 é superior aos de conceito 3. São 25 que receberam a nota máxima, contra 16 que ficaram com o 3. Além disso, o número de programas nota 5 é maior que os de programas 3 e 4 somados. O pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Armando Corbani Ferraz, explica que uma das ferramentas que a Universidade empregou para aprimorar a internacionalização de seus cursos é o processo de intercâmbio direto de docentes no qual professores estrangeiros passam três meses desenvolvendo atividades na USP, num processo muito enriquecedor para todos os envolvidos. Suely Vilela e Armando Corbani enfatizam outra questão numérica que sugere a boa posição da USP. No ranking elaborado pela Universidade de Xangai (China), o desempenho da USP sobe a cada ano. Em 2003, a USP era a 165ª melhor universidade do mundo, de acordo com os chineses; em 2007, a posição obtida pela Universidade foi a 128ª. E com uma melhora sucessiva verificada em todos os anos. O pró-reitor lembra um fator que valoriza ainda mais o feito da USP: “nesse ranking de Xangai, 30% da pontuação é destinada ao recebimento de Prêmios Nobel ou outras honrarias específicas. A USP não recebeu, ainda, nenhuma dessas honrarias. Ou seja: conseguimos esse desempenho ótimo mesmo competindo apenas com 70% do valor possível”, explica Armando Corbani. Cabe a nós, pós-graduandos e aos nossos orientadores, continuarmos elevando esses números, mas não pensando apenas em publicações e premiações, mas também nas contribuições de nossas pesquisas para a vida da sociedade. Adaptado do texto de Olavo Soares por Vanessa D. Menjon Müller

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