domingo, 25 de novembro de 2007

CINE APG 28/11

Dia 28/11, quarta-feira, será exibido o filme "O Quarto do Filho" do diretor Nanni Moretti, às 19h, no anfiteatro da CPG Central/FMRP, localizado na casa 2 da rua Pedreira de Freitas. Após a exibição do filme haverá discussão com o Prof.Dr. Eurico Arruda Neto, do departamento de Biologia Celular e Molecular e Bioagentes Patogênicos, da FMRP. Segue abaixo alguns trechos sobre o filme: "Em poucas nações a família tem tanta relevância como na Itália. Mais do que um grupo de pessoas com laços sanguíneos, parentes e familiares italianos parecem possuir afetivos eternos e inquebráveis. A família do psicanalista Giovanni(Nanni Moretti) e da editora Paola(Laura Morante), não foge à regra. Chamado um dia à escola de seu filho Andrea, acusado de roubar um fóssil do laboratório escolar, Giuseppe começa a questionar a educação que deu ao garoto. Preocupado com o pouco tempo que possui para gastar com o filho, o pai resolve lhe dar mais atenção. Mas o destino parece não querer favorecer pai e filho, já que uma tragédia impedirá para sempre o estreitamento dessa relação. Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2001, O Quarto do Filho, mais recentemente filme do diretor Nanni Moretti, trata com delicadeza e enorme brilhantismo de sentimentos intensos como a perda, o amor e a culpa. Produzido, estrelado e escrito pelo próprio diretor, O Quarto do Filho é um retrato muito sincero de como a dor causada por uma tragédia pode até afetar as pessoas de modos diferentes, mas não isenta ninguém. "Um filme belíssimo." - L.C.M. - O Estado de São Paulo." ”O Quarto do Filho é uma destas fatias da vida. Sua sinopse cabe numa única linha: a dor de uma família de classe média após a perda de um filho. E ponto. Ponto final na sinopse, ponto inicial num turbilhão de emoções verdadeiras. O roteirista, diretor e ator Nanni Moretti cria a ambientação de uma família comum, igual a tantas outras, que vive normalmente num lugar normal. Ninguém é detetive, policial ou agente secreto. Nenhuma casa é especialmente maravilhosa, nenhum carro é de tirar o fôlego. O recado de Moretti parece claro: “Esta família poderia ser a sua”. Conseqüentemente, esta dor também.” ”Por isso, é quase impossível não sentir um nó na garganta, um soluço engasgado ou mesmo algumas lágrimas escorrendo pelo rosto quando o casal formado por Giovanni (Moretti) e Paola (Laura Morante) recebe a notícia quase inacreditável da morte de seu filho adolescente. Uma perda que desencadeia sentimentos de culpa, de desperdício, de tristeza, de incredulidade, de rompimento. Todos vividos e sentidos com uma dignidade cruel, sem os rompantes de desespero que nos acostumamos a atribuir à exagerada alma italiana. Pelo seu estilo sóbrio e pela profundidade das suas emoções, O Quarto do Filho mereceu várias e importantes premiações internacionais. Entre elas, a cobiçada Palma de Ouro no Festival de Cannes e nada menos que doze indicações ao prêmio David di Donatello, o Oscar italiano.” “Giovanni, a sua mulher Paola, e os dois filhos adolescentes, Irene e Andrea, vivem uma pacata existência em Ancona, uma pequena cidade no Norte de Itália. Os pais ajudam os filhos nos trabalhos de casa e riem às escondidas quando ouvem conversas sobre namorados e "charros".Giovanni é psicanalista. No consultório, anexo à casa da família, Giovanni recebe os seus pacientes, que lhe confiam as suas neuroses, com a mesma calma que marca toda a sua vida. Ele gosta de ler, de ouvir música (só italiana), de fazer jogging. Num domingo de manhã, Giovanni recebe um telefonema de um doente que precisa de o ver com urgência. Giovanni têm assim que cancelar a corrida que tinha programado com o filho, Andrea.O rapaz vai então mergulhar com os amigos... mas não volta. Morre de embolia, num acidente de mergulho. A família não consegue expurgar a dor da perda do filho. Deixa-se consumir por um sentimento atroz, que os atinge, a cada um, de um modo particular. Giovanni não consegue impedir-se de regressar mentalmente ao passado, numa tentativa de alterar este presente tão cruel. O sentimento de culpabilidade impõe-se e o pai não consegue deixar de se interrogar como tudo teria sido se não tivesse ido ver aquele doente, naquele fatídico domingo de manhã. Até que, um dia, chega uma carta de amor para Andrea, de uma jovem que desconhece a tragédia. É Ariana que vai conduzir a família nesse contorcido caminho da possível saída do desespero.”

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